De volta para casa... ou não - Meus Antídotos

13 de setembro de 2017

De volta para casa... ou não

Oi meus queridos! Como estão? Já estava com saudades. Que tal conversamos um cadinho?
Esses últimos dias para mim estão sendo bem corridos, estou encerrando um capítulo ao qual me dediquei muito e prestes a começar um novo que espero que seja maravilhoso. Isso porque estou finalmente terminando a faculdade e prestes a entrar no mercado de trabalho (ou tentando).
E o que voltar para casa tem a ver com isso? Deixa eu explicar para vocês.

Em 2011 eu terminei o ensino médio, cheia de expectativas. Prestei vestibular, sem saber ao certo o que esperar e passei em duas universidades, era hora de escolher e eu escolhi a federal. Início de 2012 eu comecei um curso de Ciências Exatas e Tecnológicas, conheci muita gente nova, pessoas de vários lugares, sotaques, crenças, sonhos e visões. Aprendi dentro e fora da universidade, enfrentei vários desafios, passei por várias greves, altos e muitos baixos, e finalmente em 2015 eu formei. No mesmo ano, continuei na mesma universidade, desta fez em outro curso, Engenharia Civil, a terminalidade, o objetivo final. Hoje, dois anos depois estou há um passo de concluir meu curso, ou melhor, um semestre.

E para viver tudo isso, eu larguei parcialmente as coisas na casa de meus pais e me aventurei a morar em outra cidade dividindo casa com outras pessoas. Agora é hora de arrumar a trocha e voltar pra casa, pra casa de verdade. E o processo já começou, as coisas que não precisarei já coloquei a venda, o restante volta comigo.

Esse tempo que passei fora de casa não foi exatamente fácil. Me diverti muito, tive momentos extraordinários, mas os momentos ruim parecem ser 1000 vezes piores, principalmente quando se está longe das pessoas que te conhecem e que você ama. Para mim, o pior desafio foi dividir casa, logo no inicio eu também dividia quarto, só depois pude ter um quarto só para mim.

Quando você passa a morar com pessoas desconhecidas você descobre muito sobre si mesma, e muito sobre as outras pessoas também. Você perde muito da sua privacidade e também muito da sua fé em outras pessoas. Eu via que as coisas eram muito sobre o momento e conveniência, eu perdi amizades e percebi que nos momentos que eu mais precisava de alguém, eu não tinha ninguém. As pessoas gostam de estar ao seu lado quando você está bem, quando você pode ir para festa com elas, dividir a pizza e a cerveja com elas. Mas quando você está mal, quando você perde algo que lutou tanto para conseguir, quando você não pode ir mais para a festa na sexta feira, muitos te dão as costas. Eu passei por mim.

Por outro lado, nesses momentos você reconhece quem são seus amigos de verdade, e quem depois dessa etapa, é que vai ficar. Aquelas pessoas que se aproximam nos momentos difíceis, que te estendem a mão ou te dá um ombro quando você está vulnerável, ou simplesmente que escuta, quando mais ninguém se interessa. Conheci pessoas assim e agradeço muito a Deus por isso.

Hoje olhando para atrás e reavaliando as situações, uma palavra recorrente é decepção. Sinto que vou levar poucas pessoas comigo, e as que deixo, não sentirei falta. Já não sinto. Agora é um momento de despedida e de reavaliação. Momento de pensar em outras coisas e pensar no futuro.

E no meio de tantas certeza, há inúmeras incertezas. O que eu vou fazer agora? Eu posso com toda certeza disser que me formar Engenheira Civil é o que eu mais quero, mas e agora? Mestrado? É uma opção, quero muito. Emprego? Já mandei tantos currículos, já me candidatei em inúmeras vagas e estou quase em desespero.

A situação do país não está fácil e a sensação que temos, não só eu, mas inúmeras pessoas que estão formando junto comigo é que estamos saindo da condição de estudantes para desempregos, e isso assusta muito. O que fazer agora? Para onde ir agora? Vou para qualquer lugar, onde a oportunidade aparecer. Pode ser do lado de casa ou a km de casa novamente. Sempre dando o meu melhor.

Acho que as coisas se desviaram um pouco do que eu pretendia escrever, mas acho que foi um desabafo.  Beijo amores.

2 comentários

  1. Eu terminei a faculdade no ano passado, mas sempre morei com meus pais. Agora estou fazendo pós graduação, já publiquei um artigo e pretendo fazer mestrado e doutorado. Também estou mandando muitos currículos, mas nada de aparecer oportunidade.

    http://www.biigthais.com

    Beijoos ;*

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  2. Oii, tudo bem?
    Primeiro vim agradecer a visita lá no meu blog e retribuir aqui, adorei o teu, muito lindo ❤️

    Sobre o post:
    Sai de casa cedinho, com 18 anos, faço faculdade também mas moro perto da minha mãe, quando bate a saudade posso passar lá rapidinho.

    Mas sabe uma coisa que eu aprendi com estudar longe e morar longe dos pais?
    Crescer e se conhecer!

    Hoje eu sou totalmente outra pessoa, muito diferente daquela que saiu da casa dos pais a alguns anos atrás.

    Acho que você por estar voltando, já se percebeu assim também né?

    Bom, é uma jornada e tanto mas é um momento da vida que você jamais irá esquecer.

    Beijos e bom retorno pra casa.
    www.20-primaveras.com.br

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